Em 1956 nascem a indústria de automóvel no Brasil, e a vocação e o apego dos brasileiros pelo automobilismo. Surge também neste ano a Mil Milhas Brasileiras, evento que ficaria conhecida como a prova de gala do automobilismo brasileiro, viabilizando a vitrine promocional para as indústrias do automóvel e de autopeças. Com o sucesso das pistas junto ao público, apareceu o interesse dos patrocinadores e da mídia.A participação das fábricas no automobilismo se torna o trampolim para a próxima fase, dando oportunidade ao surgimento dos pilotos de carreira. Nasce o automobilismo tupiniquim, que utilizando o esporte e os carros brasileiros, faz surgir uma nova geração de pilotos que a partir de Emerson nos trouxe oito títulos mundiais de Fórmula 1, e dentre tantas outras, conquistam seis vitórias no maior evento esportivo do mundo a “500 Milhas de Indianápolis”, e ao longo deste tempo o Brasil cresce e se torna um dos principais fabricantes de automóveis, sendo atualmente o sexto maior produtor e um dos maiores mercado do mundo.
Em 17 de novembro de 2008, foi lançado o livro “Entre Ases e Reis”, de autoria de Bird Clemente, patrocinado pela Mahle Metal Leve, uma autobiografia que envolve o grupo de brasileiros que construíram a história do automóvel e do automobilismo do Brasil, contando o seu cotidiano e o de seus companheiros. Esta obra, reconhecida e elogiada pelos principais experts, qualificou o autor como o mais solicitado e concorrido contador de histórias do automobilismo brasileiro.
A tecnologia que invade o automobilismo e os carros de corrida materializa a ficção dos videogames e altera as vocações e capacidades dos pilotos, que se tornam ídolos internacionais e heróis orgulhosamente idolatrados por seus conterrâneos, protagonistas das principais provas assistidas por cerca de três bilhões de pessoas, que fazem destes eventos os mais elitizados do mundo.
De forma muito adequada é projetada a competência da participação dos brasileiros com o devido reconhecimento internacional, que envolve desde o trabalho dos pilotos até a competente organização do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.
Este tema, focado por alguém que ao longo de sua vida contemplou com a visão de piloto e ex -piloto a invasão da tecnologia, altera o conceito do próprio autoesporte.
Com a memória egoísta de um piloto que viveu intensamente os Anos Dourados e que, apesar de desconfortado reconhece as mudanças dos conceitos culturais das novas gerações, são contadas suas histórias pitorescas de um tempo que já se foi, deixando lições e referências importantes daquela época em que os homens não dispunham de tantos recursos tecnológicos e faziam muitas coisas com as próprias mãos.
Ligado sentimentalmente aos saudosos tempos, Bird se confessa dependente do conforto da direção hidráulica, do “trio elétrico”, do ar -condicionado, do telefone celular, dos controles remotos e da internet sem fio etc. Bird Clemente agradece à nova geração, e através de depoimentos muito bem recebidos é aplaudido pelos ouvintes, se rende aos tempos modernos, recomendando à aqueles que estão estudando ou produzindo acompanhar cotidianamente tudo o que acontece, de maneira a poderem exercer as suas capacidades e alcançar o sucesso.
Confira o Bird na lista dos 50 Melhores Pilotos que nunca correram na Fórmula 1, feita pela AUTOSPORT.